sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Lusa - a Matriz Potuguesa



Já faz tempo que escrevi esse texto mas ainda não havia publicado, no entanto, nunca é tarde e esse nosso encontro foi muito produtivo e gostaria de compartilhar. Infelizmente perdi as fotos que tirei da nossa visita, mas aí está o registro.
Nosso quarto encontro foi realizado no CCBB, na exposição LUSA : A MATRIZ PORTUGUESA, no CCBB. Uma cursista havia ido com seus alunos e sugeriu que fôssemos também, achei bastante pertinente, pois não há como falar de Língua Portuguesa sem conhecer sua história e origem. Chegando lá assistimos a um pequeno filme que falava da formação do povo português. Depois fomos visitar as galerias da exposição que iam desde a pré-história até o Cristianismo medieval. O que foi muito interessante, dentre outras coisas, foi a mostra de diferentes culturas na formação de Portugal, a participação romana, islâmica, judaica e cristã. Na pré-história, vimos que a escrita ainda não havia sido decifrada, isso soa até como algo redundante, uma vez que só existe história quando a escrita passa a ser decifrada. Até então o período é considerado pré-histórico, ou seja, sem escrita não há história. Discutimos então sobre a importância da escrita desde aquela época, e mais, ela já estava fadada a ser de domínio de camadas privilegiadas, pois somente quando foi compreendida por alguém da elite dominante é que passou a ter sentido, uma vez que alguns povos certamente sabiam o que significava aqueles escritos.
Todos nós amamos a visita, foi um momento de muito aprendizado. Ao final visitamos a galeria da Língua Portuguesa, a qual era composta por quadros cronológicos da formação da Língua, uma cama sonora para audição de falas em Português de Portugal, em brasileiro e em árabe, possibilitando a comparação dessas línguas. Havia também vários livros sobre a história da Língua, estudos e teses de autores portugueses, além de exposição de frutos e produtos os que possuem nomes de origem árabe, como alface, almofada, etc.
Um pouco mais sobre essa exposição em Brasília retirei do site http://www.overmundo.com.br/ e trouxe um pouco pra vocês
LUSA – A matriz Portuguesa em Brasília, DF
26/2 a 04/5

Idealizada por Marcello Dantas, LUSA: a matriz portuguesa apresenta o componente que faltava neste passeio pela formação étnico-cultural do Brasil, o elemento europeu e particularmente o português. O espectador terá a oportunidade de conhecer a cultura e a história de Portugal, antes mesmo da era dos Descobrimentos, através da exibição de cerca de 150 peças do acervo de algumas das mais prestigiadas instituições portuguesas. Embora permaneça praticamente desconhecido no Brasil, o passado de Portugal é riquíssimo e começa bem antes da conquista romana, ainda com povos pré-históricos.A exposição busca reunir esse passado de séculos, organizando as diferentes camadas que formaram a etnia, a cultura e a identidade do povo português. Para contar esta história de uma forma narrativa, foram criadas salas dedicadas a períodos e temas, que proporcionam uma imersão nas origens de Portugal, falam da formação de suas fronteiras, mostram sua preparação para uma das maiores aventuras de todos os tempos: o período dos Descobrimentos. Esta trajetória é apresentada através de 147 peças do acervo de 38 das mais prestigiadas instituições portuguesas. Estarão em exposição 39 tesouros nacionais de Portugal, que nunca tinham atravessado antes o Atlântico e muitos sequer haviam deixado o país. Exemplos são um guerreiro calaico de granito (datado provavelmente do século I a.C.), com quase dois metros de altura e pesando uma tonelada, e um torques, que é um colar de ouro maciço usado por estes guerreiros. Um grande percurso pela história antiga, medieval, renascentista, que dá início às comemorações pelos 200 anos da vinda da família real para o Brasil. LUSA esteve montada no CCBB do Rio de Janeiro (de outubro do ano passado a fevereiro deste) e recebeu um público superior a 600 mil pessoas.A EXPOSIÇÃOLUSA – a matriz portuguesa apresenta uma coleção fascinante, com obras emprestadas por instituições de prestígio como o Museu Nacional Arqueológico de Lisboa, o Museu Islâmico de Mértola, a Torre do Tombo, o Museu
tags: Brasília DF artes-visuais

LUSA – A matriz Portuguesa em Brasília, DF
26/2 a 04/5

http://www.objetosim.com.br/





Um pouco de poesia.... ah...o que seria de nós sem ela


"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas...
Que já têm a forma do nosso corpo...
E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos
mesmos lugares...
É o tempo da travessia...
E se não ousarmos fazê-la...
Teremos ficado... para sempre...
À margem de nós mesmos..."

(Fernando Teixeira de Andrade)

Visita à Feira do Livro - Manhã

No No dia 4/9, fui com os cursistas à 27ª Feira do Livro de Brasília. Quantos livros...de todos os tipos, gostos e tamanhos. Pela manhã conversamos um pouco com duas escritoras no estande da Arco-íris, Vera Lúcia e Rosângela, as quais escrevem livros infantis. Vera Lúcia falou a respeito do gosto pela leitura que precisa ser despertado na criança, mas que para isso o mais importante é que ela tenha um modelo de leitor a seguir, aquele que expressa de forma espontânea o prazer pela literatura. Muitas vezes fomos cobrados na escola por leituras, que ao invés de ser um prazer, tornaram -se verdadeiras torturas. Percebi que em relação a isso, a única, ou melhor, a primeira medida a ser tomada é se desamarrar da cobrança curricular. Não estou dizendo aqui que temos que esquecer o Currículo, pois em boa medida ele é necessário. Mas que o importante é como se trabalha esse compêndio, principalmente no que tange à Literatura. Quanto mais ela for cobrada, menos será vista de forma positiva. E o mais difícil é despertar esse gosto, depois de se conseguir isso, as leituras fluem naturalmente. Isso é o que percebi na minha experiência em sala. De nada adianta insistirmos numa leitura se ela não despertou o interesse do nosso aluno.


Precisa-se dar aquela primeira alavancada, seja qual for a série. Acontece muito (digo isso porque era assim que pensava) do aluno de 5ª a 8ª série, ou de Ensino Médio, ser mais cobrado com leituras extensas e exaustivas, pois muitas vezes o primeiro pensamento do professor é que o fato dele estar alfabetizado - quando está - é suficiente para que ele seja um leitor. Creio que para o desenvolvimento do gosto pela leitura é muito importante a propaganda dos livros, momentos na aula que se comente sobre livros e textos, não se importando com a faixa etária nem a quantidade de páginas, tudo dependerá da forma como serão explorados. Haja vista a delícia que são os livros do André Neves e Jonas Ribeiro, que fazem, nós adultos, nos deleitarmos em suas palavras e imagens.


Logo, vemos e aprendemos com esses autores considerados infantis, que a faixa etária indicativa do livro não pode ser empecilho na construção dos leitores de nossas turmas. Para a formação de leitores não se impõe regras, mas se convida a trilhar diferentes caminhos, não se esquecendo que para os iniciantes nessa caminhada da leitura é preciso um guia, e este pode e deve ser nós professores.


Como falei na importância do guia na formação do leitor, lembrei-me do que a escritora Vera Lúcia falou a respeito desse nosso papel de conduzir ao gosto pela leitura. Cada vez que formos trabalhar um livro é importantíssimo que situemos a história no que diz respeito ao local onde se passa, aos costumes daquele lugar, hábitos alimentares, vestuário e outros. A história tem de estar mais próxima do aluno, para que ele sinta certa intimidade com aquilo que está lendo. Ela então sugeriu que levássemos mapas e outros recursos que possam levar algo concreto daquele livro para os alunos. Tenho certeza que alguns professores já fazem ou já fizeram isso. Se você faz ou fez, deixe seu relato, isso vai enriquecer nossa prática em sala.

As tiradas de Seu Lunga

Seu Lunga está viajando no ônibus e senta um passageiro ao seu lado e pergunta: "Qual é o lado do sol?" - Ele responde:" O lado de fora."